Adoramos animais. Porque é que os torturamos? 

As pessoas adoram animais. […] As pessoas também detestam que os animais sejam maltratados. […] E, no entanto, também temos a pecuária industrial, que confina mais de uma dúzia de animais por cada ser humano vivo na Terra, em condições tão miseráveis que têm de estar excluídas das leis sobre crueldade contra os animais. O que é que se passa? Como explicar o fosso entre a nossa crença de que adoramos os animais e a realidade de que os torturamos numa escala sem precedentes?

Testes em animais, ainda? [Breves do AE]

Será que se deve provocar sofrimento aos animais se isso puder salvar vidas humanas? Mas que quantidade de sofrimento animal e por quantas vidas humanas? E o que dizer quando essa “matemática moral dos testes em animais” se aplica a casos que nada têm a ver com salvar vidas, ou que até podem ser fraudes científicas? Até nesses últimos casos, por vezes nem mesmo a actuação legal parece dar um claro sinal daquilo que muitos entendem ser uma marca de progresso civilizacional: evitar o sofrimento animal desnecessário.   

Resumo da Investigação: A Intensidade da Valência  Experienciada pelas Várias Espécies

Existem diferenças nas gamas de intensidade características da valência experienciada pelas várias espécies? Esta pergunta é importante porque a sua resposta poderia afectar a forma como desejamos gastar os nossos escassos recursos a ajudar diferentes tipos de animais, incluindo os humanos. Por exemplo, se as dores e prazeres da truta e do salmão são apenas pálidos reflexos das dores e prazeres das vacas e dos porcos, então em muitos casos podemos ser capazes de fazer um bem maior ao ajudar os mamíferos em vez dos peixes.

Uma grande vitória no Supremo Tribunal para os animais da pecuária

Ganhámos. Ontem de manhã, o Supremo Tribunal dos EUA decidiu que a Proposta 12 da Califórnia — a lei do bem-estar dos animais da pecuária mais forte do país — é constitucional. Com 5 votos a favor e 4 contra, os juízes votaram para rejeitar uma contestação à lei levada a cabo por produtores de carne de porco, que proíbe a venda na Califórnia de carne de porco, vitela e ovos provenientes de animais em celas e gaiolas e das suas crias. 

Corrija a sua dieta, salve o planeta

O ano em que se assinalou o primeiro Dia da Terra, em 1970, foi quando deixei de comer carne. Não o fiz para salvar a Terra, mas sim porque percebi que não há justificação ética para tratar os animais como máquinas para converter a ração em carne, leite e ovos. É moralmente errado ignorar ou menosprezar os interesses de seres sencientes por não serem membros da nossa espécie. […] Boicotar este abuso monstruoso de milhares de milhões de animais, todos os anos, é uma forte razão para não comer carne, mas a enorme contribuição da carne e dos lacticínios para as alterações climáticas constitui agora, para mim, uma parte igualmente urgente da mudança para uma dieta à base de plantas.