“Quanto doar” é uma questão pragmática 

Embora os altruístas eficazes falem muito sobre princípios, penso que esta é essencialmente uma questão pragmática. Para mim, a escala dos problemas do mundo é esmagadora; ninguém tem dinheiro suficiente para eliminar a pobreza, as doenças ou os riscos de nos extinguirmos. Isto não quer dizer que os donativos não sejam importantes — há muitas opções excelentes para melhorar o mundo — mas não há-de haver um ponto em que eu fique satisfeito e diga “Pronto! Já está feito”. Isto dá um forte incentivo intelectual para doar até ao ponto em que doar mais começaria a diminuir o meu impacto altruísta…

Como parar a IA? [Breves do AE]

Num momento em que podemos interagir com uma IA que ouve, fala e vê como se fosse uma pessoa (ex. da Apple, da Google e da OpenAI), podendo em muitos casos tornar-se viciante e até substituir o contacto humano (especialmente preocupante em crianças e jovens), num momento em que a IA pode estar a ver tudo o que fazemos no nosso computador, não deveríamos estar mais preocupados com os criadores e difusores da IA e em como controlar o que estes criam e difundem? […] E no momento em que se perceba que já se foi longe demais, será realmente possível parar?

O que acontece depois de criarmos Deus? [Breves do AE]

Se pudéssemos curar doenças como o cancro [BR. câncer], porque é que não haveríamos de fazê-lo? Imagine que para isso tínhamos a capacidade de criar algo com o poder de um deus. O que poderia correr mal? Bom, imagine que esse deus teria a capacidade de curar doenças e de fazer desaparecer miraculosamente os males que assolam a humanidade, mas haveria 1% de probabilidade de, ao operar de forma misteriosa, acabar por exterminar toda a vida na terra. Deveríamos, ainda assim, criar esse deus? Essa ínfima probabilidade, por contraste com o paraíso na terra, seria negligenciável? Mas atenção, seria uma probabilidade de extermínio total… e se houvesse uma probabilidade maior disso acontecer?

Será o fim da Internet? [“Breves do AE”]

Assim como o advento da imprensa revolucionou o mundo das ideias e do conhecimento, a Internet, à escala actual, leva isso mais longe e ainda desvenda um metaverso com uma saturação de vozes (dando expressão a quem nunca foi ouvido antes) e parece aspirar à ligação de cada um a todos. Mas será que algo poderia quebrar essa ligação? Há quem acredite que sim. Há quem acredite que essa será uma das consequências da Inteligência Artificial emergente. Mas como? E quando? Isso é o que vamos ver a seguir…