Não temos de ficar de braços cruzados a assistir ao desenrolar do horror

Este mês, assinei um compromisso de doar pelo menos 10% do meu rendimento vitalício a instituições de caridade eficazes. E esta semana, decidi doar 19% do meu rendimento anual, sendo mais de 80% destinados a uma instituição de caridade que trabalha na Nigéria para concluir um projecto de abastecimento de água e saneamento. O projecto estava a ser financiado pela USAID, mas esse financiamento foi subitamente cancelado pela administração Trump, sem aviso prévio.

Quanto custa salvar uma vida?

A GiveWell atribui fundos para financiar alguns dos programas mais custo-eficazes que descobrimos para salvar vidas.

Tendo em conta que os resultados iniciais destes fundos são tão pouco dispendiosos (por exemplo, a distribuição de tratamento preventivo para a malária a uma criança durante uma época de malária custa cerca de 7 dólares), muitas pessoas ficam surpreendidas ao saberem como pode ser dispendioso salvar uma vida, mesmo com os programas mais custo-eficazes. Ao longo dos últimos anos, os nossos modelos para os fundos atribuídos às nossas principais Instituições de Caridade estimaram um custo médio entre os 3000 e os 5500 dólares.

É surpreendentemente fácil salvar a vida de uma criança.

Em 2011, em Foshan, uma cidade no sul da China, uma menina de 2 anos chamada Wang Yue afastou-se da sua mãe, que estava ocupada a trabalhar, e foi atropelada por uma carrinha [Br. van] que não parou. Enquanto a menina estava caída na rua, a sangrar, 18 pessoas passaram por ela, mas nenhuma parou para a ajudar. […] Pode estar a pensar: “Como é que todas aquelas pessoas a ignoraram?” E também pode dizer a si mesmo: “Eu teria parado para ajudar”. Talvez o tivesse feito. Mas esta tragédia revela que, apesar de muitos de nós termos os meios para ajudar aqueles que se encontram em situações menos afortunadas do que nós, muitos de nós optamos por não o fazer.

Israel, Gaza, como ajudar? [Breves do AE]

“Eu sou muçulmano, hindu, cristão e judeu, assim como todos vós.”
Ao exprimir-se assim Gandhi poderia estar a pensar nas virtudes que aproximam cada uma destas religiões, mas podemos encontrar nessa humanidade comum algo ainda mais primordial do que qualquer religião: o amor por todas as crianças!  
Afinal, o que é que interessa o facto de uma criança nascer num determinado contexto nacional ou religioso se, como aconteceu em 2021, esta puder ser uma das 5 milhões de crianças a enfrentar a morte? […] Se nesses casos a nossa negligência pode ser considerada grave, o que dizer no caso de mais um assassino de crianças: a guerra que agora começou em Israel e Gaza? 

Como resolver os maiores problemas do mundo? [Breves do AE]

Qual é o potencial da filantropia para mudar o mundo? Na sua palestra TED, Natalie Cargill, Fundadora e Presidente da Longview Philanthropy, apresentando alguns exemplos da história da filantropia, defende que o potencial para resolver os maiores problemas do mundo através da filantropia, apesar de vastamente desconhecido, é imenso. […] E com base nisso apresenta uma experiência mental: “E se os 1% mais ricos doassem 10% daquilo que ganham?”