Não temos de ficar de braços cruzados a assistir ao desenrolar do horror

Este mês, assinei um compromisso de doar pelo menos 10% do meu rendimento vitalício a instituições de caridade eficazes. E esta semana, decidi doar 19% do meu rendimento anual, sendo mais de 80% destinados a uma instituição de caridade que trabalha na Nigéria para concluir um projecto de abastecimento de água e saneamento. O projecto estava a ser financiado pela USAID, mas esse financiamento foi subitamente cancelado pela administração Trump, sem aviso prévio.

“Quanto doar” é uma questão pragmática 

Embora os altruístas eficazes falem muito sobre princípios, penso que esta é essencialmente uma questão pragmática. Para mim, a escala dos problemas do mundo é esmagadora; ninguém tem dinheiro suficiente para eliminar a pobreza, as doenças ou os riscos de nos extinguirmos. Isto não quer dizer que os donativos não sejam importantes — há muitas opções excelentes para melhorar o mundo — mas não há-de haver um ponto em que eu fique satisfeito e diga “Pronto! Já está feito”. Isto dá um forte incentivo intelectual para doar até ao ponto em que doar mais começaria a diminuir o meu impacto altruísta…

Quanto custa salvar uma vida?

A GiveWell atribui fundos para financiar alguns dos programas mais custo-eficazes que descobrimos para salvar vidas.

Tendo em conta que os resultados iniciais destes fundos são tão pouco dispendiosos (por exemplo, a distribuição de tratamento preventivo para a malária a uma criança durante uma época de malária custa cerca de 7 dólares), muitas pessoas ficam surpreendidas ao saberem como pode ser dispendioso salvar uma vida, mesmo com os programas mais custo-eficazes. Ao longo dos últimos anos, os nossos modelos para os fundos atribuídos às nossas principais Instituições de Caridade estimaram um custo médio entre os 3000 e os 5500 dólares.