Devemos parar a Invasão da IA? [Breves do AE]

Será que a chegada da Inteligência Artificial é como uma perigosa invasão alienígena? Há quem apresente precisamente essa analogia: Quando o Havaí foi assolado por ratos, perante o grave prejuízo económico, houve quem se lembrasse de introduzir um predador natural vindo de outro país, o mangusto. Mas a ideia provou ser desastrosa, pois o mangusto terá acabado por se tornar responsável pela extinção de várias espécies locais. E no caso do “mangusto da IA”? Mesmo perante a possibilidade de uma enormíssima vantagem económica, será que faremos uma pausa para assegurar que não ficamos tão impotentes como ovos face à voracidade do mangusto? Quem assinaria uma petição que obrigasse a fazer essa pausa?

As nossas recomendações para doar em 2022 (GiveWell)

Confiamos fortemente nos números para reflectir sobre as nossas decisões de financiamento. Mas é importante lembrarmo-nos daquilo que esses números representam. Se este ano atingirmos o nosso objectivo de 600 milhões de dólares, supomos, especulativamente, que esse financiamento salvaria cerca de 70 000 vidas. Essa é, aproximadamente, a população de Portland, no Maine.

Mudamos para uma avaliação de instituições de caridade feita internamente para ajudar mais doadores a doar melhor e a reduzir a pobreza mais rapidamente (The Life You Can Save)

No ano passado, o mundo viu a riqueza global ultrapassar os 400 biliões [Br.trilhões] de dólares pela primeira vez na história. No entanto, os fenómenos climáticos extremos e os abrandamentos económicos levaram 811 milhões de pessoas a passar fome, e a pandemia empurrou quase 100 milhões de pessoas para a pobreza extrema, criando um aumento “historicamente sem precedentes” no número de pobres a nível mundial. 

Neste momento extraordinário em que a riqueza global e a pobreza extrema aumentaram, acreditamos que há mais oportunidades de doação do que nunca.