
Você pode ajudar mais? | Fotografia retirada daqui.
Todos sabemos que existem grandes diferenças entre os mais ricos e os mais pobres do planeta, mas entre os 1% mais ricos e os cerca de 800 milhões morrendo de fome, em que posição estamos? Poucos sabem em que lugar do quadro socio-econômico realmente estão, senão por uma vaga noção de classe média. Diante disso surge a pergunta: Quão rico (ou pobre) você realmente é?
Você é rico no Brasil?
Para responder a esta pergunta existem algumas ferramentas que podemos usar. Por exemplo, o jornal Nexus criou uma calculadora na qual você pode comparar o seu salário com o dos demais habitantes do Brasil. Embora limitada à realidade brasileira, nessa calculadora, além de ver a sua situação, você pode ainda comparar o seu salário com outros números interessantes e descobrir, por exemplo, se o que lhe incomoda mais é ganhar muito menos do que um deputado, ou ganhar muito mais do que um professor público.
Você é rico no Mundo?
Quanto à sua posição global, o site “lista global dos ricos” — criado pela CARE (uma organização humanitária de combate à pobreza global) —, nos permite descobrir em qual percentagem nos enquadramos. Você faz parte dos 1% mais ricos? Dos 10%? Dos 60%? Seja qual for a resposta, como você se sente na comparação com a massa que agoniza abaixo de você nas estatísticas? A ferramenta também fornece alguns números interessantes, como por exemplo, quantos anos um trabalhador do Zimbábue teria que trabalhar para atingir aquilo que você ganha, ou quantos médicos paquistaneses poderia o seu salário pagar.
Você pode ajudar mais?
A Giving What We Can, por sua vez, fornece uma calculadora ainda mais exata, pois leva em conta o número de adultos e crianças vivendo sob o seu teto, assim como o país onde você vive, ou seja, o seu custo de vida. Fornece ainda uma provocadora aproximação de quanto bem 10% do seu rendimento poderia fazer na vida de outras pessoas.
Diante destes números vemos que muitos de nós somos extremamente afortunados e temos a incrível oportunidade de ajudar outras pessoas com aquilo que temos. Este fato passa muitas vezes desapercebido, pois olhamos ao nosso redor mais imediato e não conseguimos enxergar a realidade global.
Um dia talvez possamos erguer nossas cabeças acima da nossa vizinhança e tomemos consciência de como as coisas são em escala planetária e de como elas poderiam ser. Talvez nesse dia o estatuto social de uma pessoa não seja determinado pela quantidade de dinheiro que esta ganha, mas pela quantidade de vidas que salva e transforma.
Texto de Thiago Tamosauskas e revisão de José Oliveira.
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