Anunciamos as nossas Recomendações de Instituições de Caridade de 2022 (Animal Charity Evaluators)

Todos os anos, os Animal Charity Evaluators (ACE) passam vários meses a avaliar organizações de defesa dos animais para identificar as que trabalham eficazmente e são capazes de fazer o maior bem com mais donativos. O nosso objectivo é ajudar as pessoas a ajudar os animais, proporcionando aos doadores oportunidades de doação impactantes que reduzam o sofrimento tanto quanto possível. Este ano, estamos entusiasmados por podermos anunciar que seleccionámos uma Instituição de Caridade Principal e quatro Instituições de Caridade de Destaque.

“Razões para ajudar” de Luciano Carlos Cunha

Foi lançado em julho de 2022 o livro “Razões para ajudar: o sofrimento dos animais selvagens e suas implicações éticas”, de autoria de Luciano Carlos Cunha. A obra descreve como é a vida típica dos animais selvagens e discute as implicações éticas decorrentes de sua situação. Os animais selvagens teriam um direito de viver sem interferência humana? Somos moralmente responsáveis apenas por danos decorrentes de práticas humanas? Qual é a força das razões para ajudar os animais nessas situações, em comparação a casos similares em que humanos são as vítimas? Qual é o tamanho do risco de, ao tentar ajudá-los, sem querer tornarmos o cenário ainda pior em longo prazo? O que já vem sendo feito para ajudá-los? Dado os recursos de que dispomos, isso é uma maneira eficiente de reduzir o sofrimento no mundo no futuro?

O mundo está realmente a piorar?

Pode ser difícil olhar para as notícias nos dias que correm sem nos sentirmos tristes. Pandemia, guerra, mudanças climáticas – as coisas podem parecer realmente sombrias. […]

Embora algumas coisas como a desigualdade de rendimentos ou os maus-tratos a animais não humanos pareçam estar a piorar, há dados surpreendentes que mostram que algumas coisas estão muito melhor do que se imagina.

Os animais da quinta e os seres humanos devem ser tratados da mesma forma, dizem as crianças

Investigadores das universidades de Exeter e Oxford perguntaram a um grupo de crianças britânicas dos 9 aos 11 anos, a jovens adultos dos 18 aos 21 anos e a homens e mulheres mais velhos sobre as suas atitudes em relação a diferentes tipos de animais.

Em geral, as crianças disseram que os animais da quinta e os seres humanos devem ser tratados da mesma forma e consideravam menos moralmente aceitável comer animais do que os dois grupos de adultos. Os resultados sugerem que o “especismo” – uma hierarquia moral que dá um valor diferente a diferentes animais – de acordo com o estudo, aprende-se durante a adolescência.