“Quanto doar” é uma questão pragmática 

Embora os altruístas eficazes falem muito sobre princípios, penso que esta é essencialmente uma questão pragmática. Para mim, a escala dos problemas do mundo é esmagadora; ninguém tem dinheiro suficiente para eliminar a pobreza, as doenças ou os riscos de nos extinguirmos. Isto não quer dizer que os donativos não sejam importantes — há muitas opções excelentes para melhorar o mundo — mas não há-de haver um ponto em que eu fique satisfeito e diga “Pronto! Já está feito”. Isto dá um forte incentivo intelectual para doar até ao ponto em que doar mais começaria a diminuir o meu impacto altruísta…

Quantas vidas é que vale Notre Dame?

Pouco mais de 24 horas após o incêndio que danificou seriamente a Notre-Dame de Paris, as doações para a reconstrução da catedral de 850 anos ultrapassaram 1 bilhão de euros (1,1 bilhão de dólares) [Pt. mil milhões de euros]. A maior parte deste dinheiro vem de algumas das pessoas mais ricas da França. […] o custo da reconstrução deve ficar entre 300 e 600 milhões de euros, muito menos do que o valor angariado.
Os manifestantes gilets jaunes (coletes amarelos) já levantaram a questão óbvia: “E os pobres?”

A Antropologia do Altruísmo

A proposta desse ensaio será apresentar um pouco da pesquisa realizada pelos antropólogos acerca dos métodos de cooperações sociais que parecem permear todas as sociedades humanas.
Depois a proposta é fazer uma primeira reflexão sobre os pontos de convergência e divergência com o altruísmo eficaz

Altruísmo Extremo

Devemos deixar de gastar em luxos, para que possamos salvar mais outra vida, dando até ao ponto em que nos iríamos tornar tão pobres como aqueles que estamos ajudando?

Meu exemplo de salvar a criança se afogando ecoa no título do recente livro de Larissa MacFarquhar, Strangers Drowning (Estranhos se afogando – Br. A Vida Pelos Outros). A essência do livro é uma série de perfis de pessoas que vivem de acordo com um padrão moral altamente exigente. Vale bem a pena dar uma olhada em algumas das pessoas que MacFarquhar descreve no seu livro.

Futebolistas Filantrópicos: O Quadro Completo

O jogador de futebol do Manchester United, Juan Mata, apareceu nas manchetes quando prometeu doar 1% de seu rendimento para a caridade. Tem sido considerado “o cara mais legal do futebol” o que pode bem ser verdade. Estima-se que o salário de Mata seja cerca de 7 milhões de Libras por ano, o que, a ser exato, faria com que sua doação fosse de 70 000 Libras por ano. Certamente uma bênção para os cofres de caridade.