Como roubaram 1 milhão aos mais pobres? [Breves do AE] 

O que deve fazer uma organização humanitária quando é vítima de fraude ou de roubo? Deve manter o silêncio, para não arriscar perder a confiança dos seus doadores? Ou, por outro lado, deve ser o mais transparente possível, na esperança de, ao ter uma atitude mais honesta do que a maioria das outras organizações, conseguir manter (ou até reforçar!) a confiança dos seus doadores? Face a este dilema, a GiveDirectly, uma organização humanitária que faz transferências de dinheiro directamente para os mais pobres, decidiu arriscar pela transparência ao anunciar (por sua iniciativa) que tinha sido vítima de fraude, e que tinham roubado quase 1 milhão de dólares aos pobres que pretendia ajudar na República Democrática do Congo (RDC).

As nossas recomendações para doar em 2022 (GiveWell)

Confiamos fortemente nos números para reflectir sobre as nossas decisões de financiamento. Mas é importante lembrarmo-nos daquilo que esses números representam. Se este ano atingirmos o nosso objectivo de 600 milhões de dólares, supomos, especulativamente, que esse financiamento salvaria cerca de 70 000 vidas. Essa é, aproximadamente, a população de Portland, no Maine.

Como ajudar os refugiados para além da Ucrânia

No mundo, o número de pessoas deslocadas à força atingiu um nível recorde — 84 milhões na contagem do ano passado, mais do que toda a população da Alemanha e mais do dobro do número de uma década atrás. Estão a fugir das suas casas por razões que vão desde violações dos direitos humanos (como no Afeganistão) a fomes e inundações impulsionadas pelas alterações climáticas (como no Sudão do Sul). 

Mas, dependendo de quem são estas pessoas deslocadas e de onde vêm, o mundo tende a olhar para elas de forma muito diferente.

Os Efeitos da Mudança de Perspectiva no nosso Comportamento Altruísta: Uma primeira análise em filosofia experimental.

Em uma postagem anterior, eu compartilhei os primeiros resultados de um estudo de filosofia experimental que tenta mapear a eficácia de diferentes estímulos para convencer as pessoas a fazer doações. […] Uma segunda fase exploratória consiste em examinar as razões oferecidas pelos participantes da condição relativa ao raciocínio virtuoso. Este ensaio apresenta as primeiras reflexões sobre essa exploração.