
Uma carteira de doações pode diversificar o risco da eficácia das suas doações | Foto: wikimedia.org
Há algumas razões para se considerar uma carteira de doações, assim como muitas pessoas tem carteiras de investimentos.
- Garantir a eficácia das doações através das instituições recomendadas como “Top”;
- Apoiar diversas causas desde nutrição e saúde, a educação e distribuição de renda;
- Apoiar o crescimento de boas instituições até elas atingirem a maturidade ou a massa crítica para ganhar reputação pública ou a recomendação de grupos de altruísmo eficaz como GiveWell;
- Ajudar pessoas que não estão nas regiões atendidas pelas instituições “Top”;
- Diversificar o risco da eficácia das doações;
- Apoiar boas instituições que sempre estarão aquém de se tornar uma “Top Charity” por alguma razão específica que não seja uma prioridade para quem está realizando a doação.
No meu caso pessoal, eu ainda terei aproximadamente 70% das minhas doações direcionadas a “top charities”, divididas entre Give Directly, SCI, Evidence Action e Against Malaria Foundation. Os 30% restantes serão divididos entre instituições como MSF, e a própria GiveWell (para que mantenha o bom trabalho avaliando e recomendado instituições), assim como também considerarei Amigos do Bem, Oxfam e outras menores. Eu ainda estou dedicando apenas 2% da minha renda para caridade. Além desse valor, também doarei a máxima quantia que pode ser abatida do imposto de renda para o FUMCAD de São Paulo, já que na verdade não representa uma carga adicional para mim.
Texto originalmente postado por Fernando Barbosa